segunda-feira, 6 de julho de 2015
ERA...
Era um sintoma de nostalgia dum futuro,de coisa desconhecida,que não havia meio de vir. Era um cansaço da rotina costumeira,do novo sempre velho. Era um desconforto pelo que tardava em aparecer à luz do dia. Era um entardecer sem esperança. Era uma tristeza por ter de partir de mãos vazias. Era o ter andado muito,sem ter saído do mesmo canto. Era uma espera defraudada,sabendo-se que tinha de ser assim. Era o ser rua,e ser,afinal,o mundo. Era como se o fim não precisasse do princípio. Era o crescer para ficar velho. Era o ter ficado melhor em casa,sentadinho no sofá. Era o novo feito máscara,para esconder o velho. Era o velho que não havia meio de dar lugar ao novo. Era a alegria da esperança,já com laivos de tristeza. Era...
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