Tivera sorte o senhor Manuel. Quando novo,trabalhara para este e para aquele,que para ele não tinha onde. Foram tarefas de campo,as mais variadas,que ele não podia escolher. Era o que calhava. Até subira socalcos,e mais socalcos,levando nos seus ombros pesados cestos com uvas,que foi o que mais lhe custara.
Um dia,veio por aí abaixo,á aventura. E poisou em sítio certo. Não demorou muito a trabalhar por conta própria,em artes de pintura de paredes de casas.
Andou anos nisso. De vez em quando,vai de visita aos lugares da juventude,mas só para os rever, que ele não é para vaidades.
Os ares que lá respira já são muito outros,que aquilo mudou muito,mas o grande rio é quase o mesmo,bem como os terraços por onde andou a subir e a descer,e a sonhar com uma outra vida.
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