O menino,nos braços da mãe,olhava para a objetiva e talvez,também,para a câmara e a jornalista. Era um menino que começara mal. Um dos rins já se fora e o outro,se não lhe acudissem a tempo,teria o mesmo destino.
A mãe era uma emigrante. Tentara empregar-se,mas o filho atrapalhava-a. Uma creche ou uma ama vinham mesmo a calhar. Era bom de dizer,era. E o dinheiro onde estava?
Ela era uma moça bonita. Seria fácil obtê-lo,não havia dúvida alguma.Isto de haver homem e mulher é um sarilho,dos grandes,desde que o mundo é mundo. Coisas que dão que pensar a alguns velhos.
E o dinheiro? E aqui,dos seus olhos de jovem linda,jorraram lágrimas grossas,que se derramaram ali à volta,inundando tudo,câmara incluída.
Seria para ajudar,para que se encontrasse outro caminho,que a câmara ali estava,certamente. Pode ser que o tivesse conseguido,quem sabe? Tal feito,renderia para muito tempo,de modo a compensar tanto desastre que aquele ecrã tem produzido.
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