Eram dois homens altos,a tirar para o seco,aí de uns quarenta anos,de cabelo muito louro. Tinham vindo lá de terras da velha Albion. Estavam naquela altura,já lá vão uns bons anos, bem no interior alentejano. Trouxera-os o serem eles técnicos especializados em certo tipo de maquinaria,que uma nova fábrica iria utilizar.
Por lá andavam,desde manhã cedo,que o tempo,muito quente,assim aconselhava,regressando a casa,a pensão lá da vila,pela tardinha. Nunca se lhes vira comer do que quer que fosse,mas de beber é que sim.
A sorte que eles tiveram,ali instalados em pleno centro de uma região produtora de um rico vinho. Lá para os seus botões devem ter dito o mesmo. Que sorte tivémos nós. Pena era não ficarem ali para sempre,mas não podia ser. Nunca teriam sonhado com um paraíso daqueles. Seriam capazes de lá ter voltado,em tempo de férias,para matar sede e saudades.
Como era de esperar,a bebida estava primeiro,mas também em segundo e em terceiro. Deve dizer-se,porém,em abono da verdade,que nunca foram vistos fazendo disparates. Teriam vindo já bem preparados,já que os líquidos da sua aprendizagem tinham muito mais graduação.
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