Chovera torrencialmente nos últimos dias. Os terrenos estavam numa papa e os
caminhos alagados. A ocasião não era propícia,pois,para o regresso,mas havia um
prazo a cumprir,que não devia ser ultrapassado,sob pena de se encontrar a porta
fechada. Valeu a perícia do condutor e a colaboração de três ajudantes,ou
melhor,de três boas vontades.
O primeiro obstáculo surgiu logo à partida. O
rio corria lá em baixo,apressado e turbulento,e o talude da margem parecia
manteiga. A jangada já estava esperando. Duas tábuas oscilantes faziam negaças
ao jipe. Mas este,só com o deslisar,que o mais estava interdito,deu com
elas.
Uma estrada de terra batida aguardava. Como se encontraria ela?
Passara-se por lá há uns meses,quando da vinda,e aquilo era uma fábrica de
poeira vermelha e um crivo de malha larga. Não se precisou de esperar muito para
se saber a resposta. O que fazia ali jeito era um barco. Mas o jipe lá
avançou,corajoso,a passo de boi,que mais não podia ser.
A
água,lamacenta,infiltrava-se por todos os buracos e a sua altura era,por
vezes,de respeito. Houve,assim,necessidade de se fazerem desvios pelos morros,em
risco de o jipe ir parar lá abaixo. Mas o declive,volta não volta,não permitia.
Teve então de se recorrer ao expediente das pontes improvisadas com capim. Mas
este era rei e não faltaram sapadores.
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