quinta-feira, 18 de julho de 2013
QUASE VOANDO
Logo eu saí assim. Assim se lastimaria,mais uma vez,aquele homem. O seu muito
abanar da cabeça parecia indicá-lo. Era uma figura magra,enfezada. O chapelinho
às três pancadas também não ajudava. Lá ia ele,como era costume,no seu andar
lesto,miudinho,quase a partir-se,quando avistou ao longe uma camisola
branca,muito justa,de moça encorpada. Estacou de imediato,ficando à espera que
ela avançasse. Como que abriu alas,quando ela passou,muito rente a si,que o
passeio era estreito. E rodou,quando foi caso disso,um tanto a tremer,a modos
que perturbado,prolongando a mirada. A sua vontade seria segui-la. A tanto não
chegou. E lá prosseguiu,a cabeça a abanar muito,de passo mais ligeiro,quase a
correr,quase voando. Estaria sonhando. Era outono,também,tempo de fantasia.
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