domingo, 14 de julho de 2013
CONDÃO
Naquela casa muito rica,a festa começara cedo. Risos de crianças e forte cheiro
a bolos saíam dela. Viera da cidade gente para a pôr a brilhar,a várias
côres,quando o grande dia chegasse. A alegria seria nessa altura ainda maior. Era
a única casa, naquela terra modesta,que assim se estava preparando. E um
moço,que,casualmente,acompanhara essa gente da cidade,nunca tinha pensado que
pudesse haver Natais tão diferentes. E fora preciso lá ir para fazer essa
descoberta. Tinha sido um despertar súbito para a crua realidade,o que o
entristecera muito. Julgara sempre que tal festa fosse igual para todos e não
era. Havia de acordar,um dia,em qualquer lugar. Mas porque calhara àquela terrra
tal feito? Não mais se esquecera disso. E sempre que por lá passava,ou lá por
perto,era com um grande respeito. Aquela modesta terra devia ter condão.
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