terça-feira, 9 de junho de 2015

MANHÃ DE CIRCO

Lá estava ela com os seus inseparáveis sacos. São as suas malas,malas de senhora muito moderna,muito avançada. Ainda havia de ditar a moda,quem sabe?
Tinha na sua frente as tendas de dois grandes circos. O Natal estava quase à porta. Estaria sonhando,estaria recuando aos seus perdidos tempos,de quando teria sido uma menina feliz.
Ainda guardava desses belos tempos uns certos restos. Eram bem visíveis na sua compostura,algo cerimoniosa. As prendas que ela teria recebido. Uma ou outra vez, tê-la-iam levado ao circo,para ver os palhaços,os leões,os trapezistas,os elefantes.
Seria para melhor os rever que ela estaria ali. O tempo estava chuvoso,mas ela resistia. Havia de passar tudo em revista,com aquele bem vivo estímulo,ali mesmo a dois passos.
Fora uma pena não ter trazido resguardo capaz. Ficaria ali até ao fim da sessão. Ainda demorou mais una minutos,como que a despedir-se. Depois,aproveitando um intervalo,foi-se embora.
Os circos ainda ali iam permanecer mais umas semanas,pois estava-se nos começos de Dezembro. Teria muitas ocasiões para rever o espetáculo todo.

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