No entardecer da vida,dera-lhe para se recordar,a cada passo,de alguém que muito o ajudara e que já partira para não mais voltar.
Fora uma ajuda vital,a exigir um teimoso agradecimento. E naquele entardecer,sentia que não lhe agradecera bastante. Ele não esperaria agradecimentos,pois era daqueles que dão de graça porque de graça receberam.
Parecia-lhe,porém,estar em grande falta. E queria,naquela ponta final,não saldar a dívida,que a considerava enorme,para além das suas fracas capacidades,mas,ao menos,reduzi-la,ainda que num valor modesto. Não era para ali um ingrato,um esquecido da mão que o amparara.
E aquela repetida lembrança,ao mesmo tempo dolorosa e doce,seria uma forma,tosca forma,de mostrar o quanto lhe estava agradecido.
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