sábado, 20 de junho de 2015
MUITO CUMPRIDOR
Lembrou-se ele, um dia,de fazer um certo escrito ,destinado a uma reunião fora de portas. O escrito lá foi feito e enviado. Passado tempo,recebeu resposta a dizer que o podia ir apresentar. Era altura,então,de arranjar dinheiro para as viagens,quantia,aliás,modesta,e de se munir da autorização de quem de direito,uma vez que as coisas tem de ser feitas como deve ser. No sítio A,de quem ele mais dependia,os cofres estavam vazios. Foi bater,então,à porta do sítio B,onde ele fazia uns biscates. B não se fez rogado. Dois ou três dias depois,tinha o cheque na mão. Parecia o caso resolvido. Forte engano. Acabou por não ir,simplesmente porque A não deixou. Em B,ficaram muito admirados quando ele lá foi devolver o cheque. Nunca tal coisa tinha acontecido. E ficaram a desconfiar muito dele. Os tempos estavam também muito toldados.Ainda lhe lembraram que metesse férias,mas ele era muito cumpridor.
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