segunda-feira, 29 de junho de 2015

MUITO AGRADECIDOS

Ora,para que é que havia de se estar a ralar? Se não fosse ele a aproveitar,não demoraria logo outro a fazê-lo,que aquilo estava mesmo a pedi-las.
A ignorância que ia por lá era muita,do que ele não tinha culpa. Quer dizer,
aquela era mesm uma vinha à espera que a vindimassem,pois era uma pena que a uva se estivesse a estragar.
Coitados,para ali abandonados,como que entregues a si mesmos,sem saberem ler e escrever,e com meia dúzia de litros de vinho ainda por vender.
Então,aparecia ele. Reunia todos aqueles quase nadas e fazia figura de grande produtor. O pago não era por aí além,que ele também tinha as suas despesas. E os coitados ficavam-lhe ainda muito agradecidos,pois doutra maneira tinham de dar o vinho ou deitá-lo fora.

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