Ele tinha telha para se abrigar. Ele tinha onde reclinar a cabeça. Ele tinha sacola recheada. Apsar de toda esta riqueza,ele estava triste,ou,mais exacto,ele era um triste.
Via-se logo que não era tristeza de corpo,mas de alma. Era esta que estava sofrendo com as intempéries. Era esta que não tinha onde repousar.
Pobre alma que o corpo era incapaz de consolar,ali tão perto. Ele bem tentara,a toda a hora,a todo o instante,mas de nada valera.
Então,se do seu mais próximo consolo não viera,a que porta se teria de bater? Alguém procurou intervir,mas bem depressa o corpo avisou de que tudo seria em vão.
Era uma tristeza que vinha das origens,uma espécie de tristeza original. Fora como que expulso do paraíso. Só a ele voltando.
Já no seu alvorecer se lhe ouvira,repetidamente,que isto era uma tragédia. Só a certeza de uma desgraça sem remédio tal explicaria
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