terça-feira, 19 de maio de 2015
POBRE DO PORTEIRO
Quando a telefonista ia almoçar,era o porteiro que ficava de serviço. Não era coismsga de que ele gostasse,mas estava no seu feitio ser prestável. Assim,lá se conformava. E um dia,o que é que havia de suceder? Toca o telefone e ele vai atender. Daqui é o Diretor-Geral,está a ouvir? Estou sim,senhor diretor,faça favor de dizer. Com quem estou a falar? Com o Afonso de Albuquerque. Você está a mangar comigo? O pobre do porteiro disse que não. Ai a minha vida,suspirava ele,é sempre um tormento quando ela me deixa aqui sozinho. Isto não ouviu o Diretor- Geral. Olhe que o ponho na rua,seu brincalhão. Mas eu não estou a brincar,senhor diretor. Desculpe,senhor diretor,mas eu sou o porteiro,estou aqui porque a telefonista foi almoçar. O senhor diretor não me conhece,mas eu chamo-me mesmo Afonso de Albuquerque,que foi assim que puseram lá no registo. Não tenho culpa. O meu chefe há-de confirmá-lo logo que puder. Longe de mim estar a mangar com o senhor Diretor-Geral. Só se estivesse maluco,mas graças a Deus não estou. Pobre do porteiro,que passou por um muito mau bocado.
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