segunda-feira, 10 de agosto de 2015

ESCRAVA

O homem tinha andado lá pelo Oriente. Permanecera mais em certa ilha,onde não corria mel,mas petróleo. Não ficara rico,mas o que ganhara,mais o que conseguia aqui e ali,davam para amparar. Naquela altura,fazia serviço de segurança.
Passara horrores. Aquilo era mesmo um calor dos diabos,do inferno,se calhar. Valeram-lhe as interrupções para recompor. Viajara e divertira-se à grande. Podia dizer que dera para o resto da sua vida. Aquilo é que eram terras,de um homem se perder. E os olhos dele luziam,a recordar o passado.
E desse passado,entrou em cena uma mulher,mas uma mulher muito especial. Nunca sonhara. Até me cheguei a comover,quando eu não sou dessas fraquezas. Então não é que ela queria ser minha escrava. Não se importacva de me servir para toda a vida.
Não queria acreditar. Se me contassem,diria que era uma invenção. Mas podia jurar. Não nos havíamos de entender. Um ou dois dias,de vez em quando,vá que não vá,mas para toda a vida,nunca. Livra.

Sem comentários:

Enviar um comentário