Os barcos têm sortilégio. As viagens,grandes ou pequenas,o rio,o lago,o mar. A água,entidade fundamental. A aventura,o sonho.
Tão bem que ali ficavan. Era uma travessia de uns curtos minutos apenas. Mas poucos resistiam a vir debruçar-se da amurada,a olhar para a água,na expetativa de algum peixinho,de alguma garrafa com mensagens,e também para cima,onde gaivotas cruzavam, e para a outra margem,portadora,talvez, de alguma surpresa.
Pois sumiram-se os barquinhos. Puseram ali próximo uma ponte. Mais uma. Tão inimigos que eles eram. E agora é o que se vê. E agora lá se foi o sonho. Uma sensaboria.
Mas voltemos às pontes. Em tempos de pragmatismo quase puro,de economia,por assim dizer,no fio da navalha,servem elas,pelo menos,para duplicar esforços,que bem necessário é.Pode também dizer-se que são pontes sinérgicas. E,assim,quanto mais melhor. Os dos sonhos que tenham,pois, paciência. Sonhem outros sonhos,que há sempre lugar para mais um. E não custa nada. Até podem ser rentáveis.
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