A inocência das crianças,o seu olhar,os seus gestos,a sua graça. A paz que que evocam,a ternura que geram,a pedagogia que exercem. Eram merecedoras de uma estátua,ou mais,uma a cada esquina. Razão têm os que as consideram o melhor do mundo.
Nada para elas é demasiado. O amor dos pais está garantido. Mas o amor nem sempre chega,como muito bem se sabe,para lhes dar aquilo de que elas necessitam. Tem de ser ajudado. E é uma tristeza quando essa ajuda não vem.
E têm sido tantas as tristezas. Umas mostradas,outras, a imaginação dispensa que as mostrem,a lei das emoções atenua-as a todas. É lá longe,em lugares perdidos,esquecidos.
Mas são crianças. Com fome. Pele e osso. Os seus olhos fitam. Cheios de espanto. Cheios de interrogações? Cheios de acusações? A quem apresentar a conta?
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