Finalmente,ali estava uma dia como se fosse já primavera,daquelas primaveras risonhas,cheias de sol e de promessas. Já não era sem tempo,que o que ficava para trás não deixava saudades. Estariam,assim, todos à espera dela ,ou de uma sua imitação,mesmo aqueles que, parece,pela vida que têm levado,vida dura,não têm tempo,nem disposição para dar conta dessas mudanças.
Pois ali se encontrava ele,desses da tal vida que não deixa ver o que muitos encanta,um dia de primavera,ainda que antecipado,a olhar para ela,como que extasiado,como que agradecendo o poder vê-la,senti-la. De pé,barrando o meio de porta de grande movimento,todo direito,muito sério,como diante de uma coisa muito séria,respeitoso. Já não era novo,o corpo era avantajado,
lembrando repastos bem regados. Tudo apontava para o contrário do que se estava a ver. Uma coisa assim tinha de ficar registada,ainda que toscamente,para se não preder de todo,para se salvar alguma coisinha.
Sem comentários:
Enviar um comentário