Acabara de atravessar uma região de aspeto desolado. Os lugarejos por onde passara davam a ideia de que tinham entrado em longa e profunda soneca. E agora ali estava aquela imponente ponte a querer contar uma história diferente. Teria caído ali por capricho de alguém? Sabe-se lá.
Ao fundo,dominando o largo tabuleiro,erguia-se uma fortaleza brasonada de ar pesado,um tanto sinistro. Quantos não a teriam percorrido sob o olhar atento e duro de sucessivas guarnições nos velhos tempos de desconfianças mútuas?
Naquele momento,a paz reinava. Mas mesmo assim,um certo resíduo do passado morto permanecia. E assim,sem o querer,imaginava-se perseguido por incontáveis inimigos,a que escapara por estarem recolhidos devido à sagrada sesta. Mas ela estava a terminar e as atalaias despertariam,que a sesta era para todos.
Foi um alívio quando se viu seguro lá do outro lado.
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