O homem era bem parecido,de porte atlético,trajando a rigor. Com modos cortezes,contou uma história. Estava sem dinheiro que valesse. Abalara de casa,transtornado,com apenas uns tostões nos bolsos. Sabe, os feitios não se dão. A minha mulher está impossível,é de perder a cabeça. Olhe,não a podia ouvir mais.
Não adivinha onde dormi hoje. Pois foi num banco de jardim. A que extremos se pode chegar,veja lá. Estou agora mais calmo e ela deve ter passado um mau bocado,mas é para aprender. Quero regressar a casa,mas estou sem dinheiro que chegue para o comboio. É pouca coisa. Se quiser,diga-me onde mora,que eu depois mando-lhe.
O ar dele era convincente,a conversa fora natural. Era capaz de ser verdade. O fato não estava amarrotado,mas era capaz de ser de boa fazenda,que se comporia depressa. O que é que se havia de fazer? Ora,o que se havia de fazer? O que ele queria,naturalmente.
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