sábado, 6 de junho de 2015

NÃO VOU POR AÍ

Davam-se,apsar de idades um tanto afastadas,e das ocupações. Um,andava no liceu,o outro, era dono de uma loja. O ponto de cruzamento residia no gosto pelos romances.
O lojista lia muito,mastigando lentamente os enredos,de modo a não perder o mínimo fio das meadas. Pode dizer-se que os vivia,quase como fazendo parte deles,metendo-se na pele de uma ou outra personagem. Não se limitava a seguir as narrações. Raciocinava,criticava,opinava. Era isto estimulante,pois havia divergências,uma delas do tamanho de uma crença. Todos os sábados, fazia uma visita muito especial. Era metódico. A certa hora,avisava e convidava,sabendo,de antemão,a resposta. Não vou por aí,à maneira de Jose Régio. Discreto,não avançava comentários,ao contrário de muitos,que se desdobravam em argumentos e pormenores.

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