domingo, 20 de dezembro de 2015

DOUTRO MUNDO

Toca o telefone. O "amigo" atende. Olha lá,não me podes dizer a morada de fulano? Ainda há dias estiveste com ele,deves saber. Espera um momento,que é só ir ali ver. O momento passou,um largo momento. Olha lá,tu não sabias ir à lista?
Ainda bem que te encontro. Estou a precisar de um quarto aqui perto. Como conheces este bairro,és capaz de saber. Vens mesmo na boa altura. Vais ficar como em tua casa. Era uma casa... É escusado classificá-la.
Vens mesmo a calhar. Aos anos que se não viam. A minha mulher está a precisar de uma pele,dessas que há lá para onde tu vais. Aí são mais baratas. Olha que se não ma trouxeres nunca mais te falo. Receber, estão sempre prontos. Dar,é coisa doutro mundo.
Estou aqui tão satisfeito.Vê lá tu que o professor disse que eu colaborei num trabalho de muito préstimo. O professor sempre foi muito exagerado.
Muito me contas. Mas isso não é nada,comparado com o que se passa com os meus. Todos uns génios. Não há outros.
Que sorte tu tiveste. Já reparaste nas perguntas que te fizeram? Assim também eu.
Vou-te contar o que há tempos me sucedeu com fulano. Pode lá ser. Ele era incapaz,conheço-o bem. Outro exagerado.
Olha que na net há montes de coisas. Pois sim,mas estão apenas as que são lá postas.
Quero-te dizer que continuo com o blogue. Ah,sim? Mas quem é que te lê?

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