quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

DAVA GOSTO

Para baixo todos os santos ajudam. Mas nem deles precisavam. Eram jovens,era manhã e o bem-estar enchia-os. Elas usaram o elevador,eles serviram-se das escadas,quase a voar.
Eram oito,quatro pares,quatro lindo pares. Eles,sãos e escorreitos. Elas,sãs e escorreitas. Tinham sido uma noite de sábado e uma madrugada de domingo bem passadas. Viviam no mesmo andar,em sociedade. Era melhor do que alugarem quartos.
Juntaram-se à saída. E ali ficaram uns momentos,rindo e assentando ideias. Dava gosto olhar para eles e elas. Descontraídos,desinibidos,de cores sadias.
Lembravam maquinismos acabados de sair da fábrica,novinhos em folha. Nem uma mácula,tudo só brilho. Lembravam, também,cavalos à solta em vastos prados. Tudo aquilo para eles,erva tenra a perder de vista e água a jorros. O que eles corriam,como eles o faziam. Dava gosto olhar para eles.

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