Parecia andar por ali o diabo à solta. As cenas eram a repetição,a bem dizer,de muitas outras do passado longo,ali ou nos mais variados cantos. Já quase não traziam novidade a quem as estava observando de longe,a coberto. Sim,porque quem nunca sentiu na pele uma coisa daquelas não sabe bem,ou melhor,não sabe mesmo nada do que verdadeiramente acontece em tais infernos.
Afinal,porque se estava violentando aquela gente? É que os campos,com o andar dos tempos, tanto se estremam que,a páginas tantas,dá-se o que era de prever. Tudo aquilo era,de facto,facilmente previsto,mas não dá para parar de ambos os lados.
As coisas acabaram por se recompor,pois não há mal que sempre ature,como lá diz o povo,o bom povo. A paz dava mostras de ter voltado. Tudo ou quase tudo decorria como se nada de grave tivesse acontecido,ainda há pouco,mas isso era só aparente. Algumas cinzas ainda se viam e algumas feridas não haviam meio de sararem totalmente. E,assim,a pouco e pouco,quase sem se dar por isso,as nuvens negras vão-se acumulando,e,a dado momento,sem aviso ,estala de novo a trovoada.
E assim,de trovoada em trovoada,lá vão caminhando,ficando uns para trás antes do tempo. Há quem diga que nestas andanças intermináveis paga o justo pelo pecador, muito em particular as criancinhas e os velhinhos. Mas tirando estas e estes,há quem se atreva a atribuir a culpa a todos,porque os do meio,as maiorias,dum lado e doutro,tendem a comportar-se de igual modo. E o resultado não varia. Vão-se mais depressa os que têm piores cartas neste jogo.
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