segunda-feira, 2 de novembro de 2015

PARA DAR E VENDER

Não era o ouvem-se tambores ao longe,mas sim rumores de estrondosa cachoeira. Era isto de esperar. É que em tempos de carestia,aquela nascente comportava-se como se a chuva andasse por toda a parte, a ensopar vales e encostas,e não andava,ainda que a pedissem,que a coisa estava a ficar feia.
Pois naquela altura,era o que se estava vendo e ouvindo. E de tal maneira,que se não desviassem as águas para as profundezas,haveria ali uma inundação de todo o tamanho. De onde virá tanta água,admirava-se alguém que tal coisa nunca tinha visto? É que se estava ali num alto. Pois é,é que há altos ainda mais altos,e o sistema de vasos comunicantes é uma realidade.
As hortas que por ali haveria nos belos tempos. Aquela era água para dar e vender. E não só hortas,jardins também,cheios de amenidades,de sombras,de frescura apetecida em tardes e noites de verão.

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