O paizinho bem a chamava,mas ela não estava nada interessada em deixar o namorado. A mãezinha,talvez por a conhecer melhor,metera-se no carro,que aquilo estava para durar. Era a filha uma menina aí de uns onze,doze anos,mas com cara de mais crescidinha.
Ela cada vez se distanciava mais,na companhia do mais que tudo. O paizinho não teve outro remédio senão ir lá buscá-la. Ela lá veio,como que arrastada,olhando,perdidamente,para trás,para o seu Sol.
O paizinho entrou no carro,mas ela ficou ali de pé,a ver o seu menino desaparecer lá longe. Ainda fez menção de correr atrás dele,mas acabou por desistir,talvez pensando que já estava a ultrapassar os limites.
O paizinho era um homem forte,aí de uns quarenta,pelo que o mocinho deve ter achado que o melhor era pôr-se a salvo,debandando. A mocinha estava certa,e no outro dia, lá a teria na escola,na rua,onde calhasse, sem os paizinhos a contrariar.
Ah,estas meninas crescidinhas,ah,estas telenovelas que lhes põem as cabecinhas a imaginar coisas.
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