quarta-feira, 25 de novembro de 2015

UMA TAL REDE

A quantidade de gente que anda por aí ainda mas que alguém já varreu ou quer varrer do mapa. É isto precisamente o que supõem as muitas expressões que a cada passo se ouvem. Não quererão significar outra coisa o "ainda está vivo?",o "já o fazia morto",o"não há meio de morrer",o "anda cá só a empatar",o"já devia ter marchado,não faz cá falta alguma",o"já devia ter morrido há mais tempo",o "esse já morreu",o "ele já deu o que tinha a dar".
Depois,num outro registo,mas de sinal da mesma família,os silêncios que se fazem,o nem querem ouvir falar deles,o ignorá-los,o massacrá-los,o condená-los,o desprezá-los,o ridicularizá-los,o reduzi-los a pó,que uma leve brisa leva por esses ares,para nunca mais.
Exagerando muito,ou caricaturando,é caso para dizer que já está tudo morto,porque não haverá quem possa escapar a uma tal rede,de malha tão apertada.

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