As vizinhanças de um dos seus contentores preferidos estavam numa lástima. É que alguém,um vândalo certamente,desfizera em pedacinhos uma comprida prateleira de vidro.
Quando tal viu,não resistiu a mostrar a sua viva reprovação. Ele havia cada um. Estacionara a sua carrinha de trabalho junto ao passeio e estava usando uma vassoura que dela tirara.
Pelos vistos,parecia ter arranjado outra ocupação,colaborando na limpeza das ruas. Quereria,de algum modo,compensar os prejuízos que pudesse causar,retirando dos caixotes alguma coisa que valesse.
Seria isso um propósito justo,pois são muitos os anos em que ele anda nesta atividade,aliás,
quase sempre de bom humor,assobiando e até cantando em surdina. Como não viverá do ar,deve ela ser uma das suas principais fontes de rendimento,talvez a mais importante.
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