segunda-feira, 9 de novembro de 2015

UM MILAGREIRO

Era para ter pena dele. Ali,nas esquinas,a fazer pela vida,fugindo da autoridade quando dá conta da sua sombra. A mercadoria é fruta,fruta de todas as épocas,que mais ou menos rapidamente voa da banca. Faz concorrência ao mercado,ali a dois passos,mas a clientela colabora,o que não é para admirar. Lucram as duas partes.
No tempo da castanha, não quer outra coisa. E é vê-lo,em local estratégico,a disputar o negócio com outro empreendedor. Mas neste ramo,atua segundo a lei,não tendo que correr. Tanto num caso como noutro,as bancas não diferiam muito na modéstia.
Mas há tempos,a da castanha foi promovida. Para a transportar,usa um moderno autocarro,novinho em folha,daqueles de grande família ou de grandes negócios. E ali ficam,bem ao lado do seu dono.
Afinal,o homem é um milagreiro. Conseguiu transformar fruta,e em especial castanhas,não em rosas,mas em muitos euros.

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