domingo, 8 de novembro de 2015

UMA SEMENTINHA DE RÍCINO

Era caso para não esconder, para não silenciar,que casos destes contam atos de estarrecer,
atos que se perpetuam. Uma sementinha de rícino veio instalar-se,um dia,numa estreita nesga de terra,um mísero intervalo entre duas pedrinhas de calçada. Um tanto ao lado,mas em plena terra,bem adubada por um esgoto subjacente,dava mostras do que valia, uma bem nutrida nespereira.
Da sementinha,brotou um arbusto,que bem depressa se fez árvore. E é ver a pobre nespereira a definhar de dia para dia,e o rícino a crescer a olhos vistos,de que é responsável,certamente,o muito azoto que o esgoto lhe traz. Já está â altura de um primeiro andar e já faz sombra à infeliz nespereira,que se estará lastimando pela sorte que lhe coube.

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