sábado, 17 de outubro de 2015

CONCILIAÇÃO

Houve uns tempos em que aquilo eram reuniões quase todos os dias,com a sala a rebentar pelas costuras,e gente sentada no chão. Discutia-se tudo e mais alguma coisa,pedia-se este mundo e o outro,sem pestanejar,como se não faltassem varinhas de condão.
Em toda aquela gente,via-se de tudo,de todos os cantos,de todos os exageros,de todas as pontas,dos extremos,e também do meio,os eternos indefinidos,os da conciliação.
E era engraçado ver a reação de um dos extremos,a cara que ele punha, quando lhe dava para dizer alguma coisa um dos tais do meio,que lhe fazia um nervoso muito miudinho. A cara via-se bem,que ele punha-se sempre nos primeiros lugares,pelo que tinha de se voltar para trás,para encarar o enigmático,que se sentava sempre lá nos fundos,como mandam algumas regras.
E era engraçado ouvir um comentário seu. Irra,que não há meio de se saber para onde pende ele.

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