sexta-feira, 16 de outubro de 2015

PERPÉTUA PRIMAVERA

Em certa ilha,lá para as bandas do Oriente,a gente que lá fazia pela vida andava como Deus a tinha posto no mundo,quer dizer,andavam nus,eles e elas,pequenos e grandes,novos e velhos. Não seria o paraíso aquela ilha,mas andaria lá perto.Tinha sido sempre assim,desde há muitos ,muitos anos,talvez até desde que aparecera por ali gente. Pelo menos,era assim que narravam os mais velhos,que o tinham ouvido doutros ainda mais velhos. E isto acontecia por nunca terem tido necessidade de se cobrirem,pois o tempo ali era o de uma perpétua primavera.Ora um dia,deu-se o irremediável. A ilha foi conquistada por uma gente estranha,gente que se enfarpelava. E essa estranha gente não admitia poucas vergonhas. Tiveram de se enfarpelar também,a muito custo,é certo,mas manda quem pode.Desde aí,desde esse fatídico dia,uma peste tomou conta deles,sem dó nem piedade,atingindo todos,sem exceção,velhos e novos. E foi um ver se te avias. Não ficou um para amostra.

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