domingo, 25 de outubro de 2015

AQUELA MÃO

Não se esperava vê-lo,ali,naquele laboratório. Foi,de facto,uma grande surpresa. Ali estava ele,colhendo,placidamente,de uma garrafa com vinho,uma amostra para análise.
Aquela mão,que tantas vezes se fincara,de uma maneira que só ele sabia,em peles ásperas de toiros,segurava,agora,com delicadeza,a haste fina de uma pipeta. E em vez de jaqueta,no geral,salpicada de sangue,envergava,agora,uma bata impecavelmente branca.
Estava só,naquela vasta sala. Tal como tantas vezes estivera em tantas pegas de cernelha.

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