segunda-feira, 19 de outubro de 2015

A MAIOR RIQUEZA

Sem exceção,os estudantes universitários ,naquela terra e naquela época,recebiam uma bolsa. Não havia,assim,razão para se rirem uns dos outros. Eram todos tratados por igual,quer fossem pobres,ricos ou remediados.
A benesse não seria por aí além,pois,às vezes,quando da subida do tabaco,protestavam ruidosamente,vindo para a rua. Talvez fossem demasiado exigentes,visto terem boa,variada e abundante comida em refeitórios,por preço módico,mesmo ali ao pé da porta. O alojamento também estava muito facilitado.
Isto significava,certamente,uma grossa fatia do orçamento lá da terra. Mas lá pensariam que valia a pena. Assim o entendia um velho reformado,quando confrontado com o destino do seu rico dinheirinho. Sabe,a maior riqueza de uma terra está nas cabecinhas que lá há. É preciso cuidar bem delas.
Pelos números que apareciam nos jornais,parece que os estudantes não brincavam em serviço. O insucesso rondava os cinco por cento. Mas mesmo assim,achavam que se estava deitando dinheiro à rua,pelo que havia de se saber porquê.

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