É sábia a natureza. Também,às vezes,faz partidas,é certo,mas quem as não faz? Até o mais pintado. E ela,a natureza,apsar de ser muito pintada,não deixa de ser natural,fazendo das suas,das mais variadas maneiras,mas todas naturais.
E chovera muito,naquela altura,como se estava vendo. E sabia-se também o que estava acontecendo. A terra,amarela,ou vermelha,ou parda,ou de outras cores,pintara-se toda de verde. E depressa, e por muita parte. Que de pintores não teriam sido precisos. Um número incontável,certamente.
Mas ,com a chuva,viera também um certo calorzinho,não muito,o suficiente para ajudar à festa. E era ver o verde crescer,crescer. Mas era o que convinha. A natureza sabe destas coisas.
O gado,que estava morrendo de fome e de sede,precisava,como de pão para a boca,de uma erva assim a crescer muito depressa. E foi o que aconteceu. Mas não eram necessárias foices,ou gadanhas,ou gadanheiras, para a segar. Bocas,muitas bocas,disso se encarregariam,com muito mais perfeição até. É que ajudá-la-iam a crescer ainda mais. E sabia-se muito bem porquê. Porque na terra deixariam tudo o que não aproveitassem. Na natureza nada se perde,nada se cria,tudo se transforma.
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