Não parecia,mas, por junto, estivera em França quase vinte anos. Regressara quando já não tinha mais meias onde guardar as notas que conseguira poupar,sabe-se lá,que ele não disse,à custa de que sacrifícios. Com elas,fez uma casita,muito melhor do que aquela que tinha deixado lá na terra de onde abalara,comprara uns pedaços de chão,que jurara serem,um dia,seus,e mais um carro,para não ter de andar a pé,que já ia ficando um bocado cansadote.
Tinha,também,à sua espera,ou ele à espera dela, uma reforma pelo tempo que lá passara. Estava com receio das burocracias,mas tudo se havia de resolver,que ele era muito paciente,pois andara numa boa escola.
Para se ir entretendo,além do emprego que arranjara,que não era grande coisa,cultivava lá os pedacitos,sobretudo aos fins de semana,mas estava a ver que o melhor era fazer só o vinhito lá de meia dúzia de cepas,pois os intermediários queriam levar tudo,e assim não dava. O que lhe valia era a mulher,que não o acompanhara lá na França,que o ajudava muito,pelo que lhe estava muito agradecido,como ela sabia.
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