domingo, 27 de setembro de 2015

INCHAR,INCHAR

Como elas tinham crescido. Bastara uma tarde,uma noite,uma manhã. Quase tinham duplicado. Mas onde quereriam elas chegar,era caso para perguntar,que nunca se dera com uma coisa assim? O coração alargara-se,alargara-se tanto,que parecia ir rebentar.
Tratava-se de folhas da base,mais propriamente,dos rebentos das raízes,das folhas de baixo,de um verde muito fresco,quase translúcido. As de cima,as lá do alto,estariam quase na mesma,quer dizer,com a sua forma de coração,um coração,nem grande,nem pequeno,um coração normal,talvez um pouco mais outoniço,que o tempo não perdoa.
Que quereriam aquelas novas folhas,acabadas de chegar,com aquele inchar,inchar,quase a estoirar? Quem quereriam elas imitar,que ideias teriam elas,que ideias?

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