segunda-feira, 10 de agosto de 2015

A PLACA

Não se lhe pode escapar,que a placa é bem visível,ali mesmo,na entrada,ocupando quase toda uma parede. As letras são de ouro vivo,como que gravadas a fogo. Fulano deu o chão,sicrano pagou a obra,por sinal,uma bonita obra.
De nada vale o não saber a direita o que a esquerda dá. Parece ter de ser assim,uma fatalidade, para que as ofertas surjam,para que se abram bem os cordões à bolsa. O anonimato não seduz. Tinha lá jeito ficar-se sem saber quem fora o mãos largas.
É isto muito triste e de grande ingratidão. Puderam dar porque muito receberam. Só isso,coisa de capital importância,seria suficiente para os trazer satisfeitos. Como que tinham sido os escolhidos de entre uma multidão de aparentes enjeitados. Ainda precisam de mais. Querem também o reverenciar de vizinhos e de outros lugares,tavez do mundo inteiro.

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