Era um minúsculo baldio a prazo. Água era quanta se quisesse,de graça. O sol também não apresentaria conta. Seria uma falta imperdoável se esta riqueza não fosse aproveitada como devia ser.
E assim,lá nasceu mais uma horta e lá viveu enquanto deixaram,enquanto outros valores mais altos não se impuseram. Seria a horta pouco mais de uma dezena de pés de uma cultura estranha,para o sítio. As folhas eram gigantes,em forma de coração. O criador dela mal se via entre aqueles biombos.
Além de lhe matar algumas saudades lá da terra de onde viera,encontrava ali importante ajuda para viver. E quem atendesse aos elogios que ele tecia sobre as muitas qualidades do fruto daquela horta,não quereria outra coisa.
Passaria ali horas e até lá pernoitaria,que aquilo era uma tentação. Não se sabe,aproveitando um descuido,se a horta foi invadida. O que se sabe é que ela já lá não mora. É que outros valores acabaram por,de facto,se impor.
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