Vinte e cinco anos a viver em Paris e nem uma só vez fora espreitar o Louvre lá por dentro. Tivera ele muito mais que fazer. Que lhe adiantaria ter dado esse passo? Seria um passo perdido,e ele não podia perder um sequer.
Dera muito bem conta do recado,sem ele e outros da mesma laia. Criara cinco filhos,todos bem encarreirados. E ainda sobejara para meia dúzia de prédios,que se podiam ver,dois,até,em Paris.
Lançara-se em boa hora à aventura. Moirejando dia e noie,que a maré é para aproveitar,não enjeitando qualquer serviço,acabou por chegar a mestre de obras. Nem os fins de semana escapavam.
Não havia tempo a perder. Só o indispensável,para comer e dormir. Mesmo ali a dois passos,havia coisas para visitar,que ele bem as via,mas ficaria para depois. Não iriam sumir-se.
Tinha mais em que se entreter,como cuidar do estômago e da roupa. Até arranjou um canto para plantar umas couves. Era,afinal,o seu Louvre,cheio de naturezas vivas. Ajudara-o a matar saudades da santa terrinha e a fome.
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