terça-feira, 7 de abril de 2015

NUTRIDA SEREIA

Era uma terra de pescadores e estava em festa. Aquele dia,era um muito especial. De tarde,havia a tradicional procissão,e há noite,orquestra sinfónica.Mas havia, também, uma feira ruidosa. Os ares andavam cheios de sons estridentes de música escolhida,daquela de bater o pé. Podia ela lá faltar. Sem ela,seria uma pobre feira. Mas à passagem da procissão,pela qual tinham um grande respeito,os sons emudeceram,bem como os pregões das mais variadas coisas,outra marca essencial.Ao contrário do que sucedera com a procissão,quando a orquetra actuou,talvez por ser dentro de casa, a música estridente e os pregões não se calaram. Alguém de fora,vaticinaria sala às moscas. Pois muito se enganaria. A sala rebentava pelas costuras,tendo de ficar muita gente de pé ou no chão.Aplausos não foram regateados e algumas vezes,até,com direito a repetição. E no final,lá apareceram dois ramos de flores,tendo sido um deles entregue por uma moça que mais parecia uma nutrida sereia daquele mar.

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