quarta-feira, 15 de abril de 2015
O ÓBVIO
Era o primeiro dia de ir receber a mesada a dobrar,uma fortuna. Teriam sonhado com ela e com o dia. Não seria,pois,de admirar que a quadra estivesse cheia. Quem deu mostras de não ter pensado nisso foi o cofre. E aconteceu o óbvio. Têm de vir cá segunda-feira,que hoje já não há mais,e hoje é sexta. As vezes que o disseram. Muito forte,ou insensível,deveria ser o coração de quem dizia não há mais,tenham paciência. Mas segunda,quando? Logo ao abrir da porta? Não garantimos. Talvez às dez,ou às onze,depende. E lá iam,resignados,que mais haviam de fazer?,para virem muito cedo,talvez antes da abertura,para serem os primeiros,não fosse o cofre,novamente,esvaziar-se. O dinheiro estava certo,é certo,mas enquanto não o tivessem na mão não descansariam,que o seguro morreu de velho. E tudo isto com gente a ver e a ouvir,não de uma maneira virtual,mas real. Quanto sofre um pobre.
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