sábado, 7 de março de 2015

BAGAÇOS E PASSAS

Os cimos onde ele se demorou ,só vistos. Foi mesmo façanha de estarrecer. Muito podem,pois,enganar os começos.Numa manhã de bater o queixo,quando ele andava muito cá por baixo,comendo pão que o diabo amassou,desabafara,a modos que desconfiando das suas capacidades. Não sei como me tenho aguentado.Metia um grande dó olhar para ele,um corpo amarfanhado,quase transparente. Meio curvado,cara lívida,olhos encovados,era uma personifcação da derrota.Estou aqui,já ia alta a manhã,apenas com um bagaço e uma passa. Coisas só para dar um calorzinho aos ossos. Muitos outros dias não teriam arrancado melhor.A escalada foi meteórica. A apoiá-lo,não lhe faltaram dons,deve afirmar-se,em abono da verdade,dons excelentíssemos. Mas sem aqueles muitos bagaços e muitas passas não teria,com toda a certeza,chegado tão alto e lá permanecido.

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