sábado, 14 de março de 2015

CANTARAM DE ALEGRIA

Por largos anos,um enigmático mal assolou os vinhedos de uma vasta região. Não havia meio de se dar com a cura. Não era insecto e também não era um qualquer microorganismo,dos habituais em casos destes,fungo,bactéria,virus. Então,o que seria?
Um dia,alguém pensou que talvez se tratasse de fome. Mas a gente não lhes tem faltado com a comida. Pode ser que seja necessária uma outra. E vá de experimentar,não de qualquer maneira,
mas com uma certa orientação,que um facto recente fundamentava.
Ali,aplicou A,além,aplicou B,acolá,aplicou C,e assim por diante,alás,o velho método de tentativas. E esperou pelos efeitos.
Onde aplicara A,B,e assim por diante,ficou tudo na mesma,como dantes. Mas onde aplicara C,as videiras cantaram de alegria. Era,afinal,fome de C.
Tantos anos para se chegar à cura. Não resta dúvida de que aquele alguém era bem merecedor de,pelo menos,uma estátua,que não teve.

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