terça-feira, 18 de julho de 2017

HÁBITOS

Tinha sido uma coisa sem jeito nenhum,uma coisa sem explicação. Antes de se fazerem à estrada,quer dizer,de irem por esse mundo vário,tinham ouvido muitas recomendações. Olhem que não façam isso,e mais aquilo,que é o que quase toda a gente tem feito.
Pois ,mal lá chegaram, fizeram tudo ao contrário,quer dizer,fizeram como,pode dizer-se,vinha sendo feito,desde sempre,sem tirar,nem pôr. Uma coisa,
claramente,sem jeito nenhum.
Mas então,que recomendações tinham sido essas,para se ficar a conhecê-las,o que podia servir para alguma coisa? Era uma série delas,mas bastava dizer uma,para se ver logo a qualidade delas. Quando lá chegarem,ocupem os últimos lugares.
Nessa não caíram eles,vá-se lá saber porquê. Hábitos,foi o que foi,que são uma segunda natureza,pelo menos,é o que se diz. Foram logo a correr para os lugares da frente,onde se instalaram muito açafatados,por sinal,uns ricos cadeirões. Nos lá de trás,nem pensar,que eram uns pobres banquinhos,alguns,até,quase a
partirem-se.

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