segunda-feira, 24 de julho de 2017

O VIZINHO DO LADO

Um dia,Alexandre o Grande perguntou a Diógenes:o que posso fazer por ti, eu,o Grande Alexandre,o dono do mundo ? Tira-te da minha frente,que estás a tirar-me o Sol. Talvez Diógenes tivesse dito que ele estava muito enganado,mas a história é omissa em muita coisa,e até se engana,ou exagera,ou esquece,e sabe-se lá mais o quê. Que ele não valia nada,ou melhor,valia tanto como um qualquer. É que o Sol quando nasce é para todos,só que lhe cortam as voltas.
Mas voltando ao Grande. As coisas que este homenzinho de DEUS fez e os quilómetros que ele andou,a maioria,certamente,no seu cavalo, ou lá o que pôde arranjar. Isto,de sair de casa,um dia,e só passados anos,talvez já cansado,resolver voltar ao chão dos avós,não é,vistas bem as coisas,para um qualquer. Consta que foi um rio,lá para a Índia,que o fez pensar duas vezes. Era,de facto,tem de se concordar, Grande,pelo menos,na ambição,de querer este mundo e o outro. Coitado,morreu antes do tempo.
O que levará os Alexandres a correrem tanto? Quererem ser deuses,ainda que de pés de barro? Uns deuses mortais. Em dada altura,deu-lhes para se mumificarem,na suposição de que,um dia,ressuscitariam,perpetuando-se. Outros não têm ido tão longe,mas agarram-se ao assento,com intenção de dele sairem só quando tiver de ser. E tudo isto porquê? Talvez por ter muito medo do vizinho do lado.

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