segunda-feira, 4 de janeiro de 2016
ESPERANÇA COMUM
Os grandes empreendimentos não cessam. Lançam-se pontes,abrem-se túneis,estradas,vias férreas,criam-se ou renovam-se espaços culturais. Um nunca mais acabar. Folgam mais uns do que outros. Calamidades abatem-se por quase toda a parte. Perdem-se vidas e haveres. A solidariedade desperta,procurando reparar os danos. As comunidades agitam-se para escolha de novos representantes. Fazem-se promessas de vida melhor,vindas de todos os quadrantes. Publicam-se livros. Editam-se versos. Narram-se histórias e apontam-se caminhos,alguns bem diferentes. Muito poucos dão conta. Há outros interesses,outras necessidades. É água que parece perder-se. Haverá um ponto de encontro de tudo isto? Dois ou três dirão que sim. Onde? Talvez nas esperanças difusas dos homens e das mulheres que constroem,que reparam,que prometem,que escrevem,que folgam,que sofrem,que escolhem,que lêem ou não. Um dia,fundir-se-ão numa esperança comum. Como? Talvez por efeito de um homem ou de uma mulher que,quase por milagre,contamine tudo e todos.
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