O que mais lhe irá acontecer? Um velho jarreta,mais que empedernido,um fóssil da primeira geração de fósseis,a bem dizer,que viu,teimosamente,os contos,as notas grandes do antigamente,sabem?, passarem-lhe bem ao largo,como que zangadas,lá muito longe,fora das águas exteriores lá de outros mundos,que os há,como é conhecido,aos milhões,condenado,é o vero termo,a contar continhos,um parente muito,muito afastado,talvez em centésimo grau,ou muito mais,dos Contos,mas ainda assim,da família,uma vergonha sem nome para outras duas famílias,a dos Contos autênticos e a da família dele,desse monte de ossos velhos,ainda em figura de gente.
Uma condenação,está bem de ver,que não lembraria ao diabo mais diabo. Mas ela aí está,com todas as letras e mais algumas,de reserva. São continhos e mais continhos,uma verdadeira praga,para a qual não apareceu ainda tratamento eficaz. E o que ainda lá se encontra no baú? Ele não devia revelar tal coisa,pois que já anda para aí muita gente incomodada,mas saiu-lhe,pede muita desculpa. Para outra vez,vai lembrar-se. De resto,o segredo é a alma do negócio,segundo se ouve já ha muito,pelo que deve ser verdade.
Alguns daqueles que não têm mais nada para fazer,além das palavras cruzadas e outras coisas do género,como ler continhos,quaisquer que sejam,mesmo os de jornais de contentores de lixo,já andarão muito desconfiados. Ali deve andar trapaça,e da grossa. Deve lá andar por "digital libraries",em chinês ou numa língua morta,e vá de traduzir,muito mal,certamente,mas muito poucos dariam por isso,pois andam lá muito preocupados com coisas sérias. E é o que vale ao fóssil da primeira geração,se não já andaria a cumprir pesada pena,por falta tão grave.
Pois é capaz de o pobre velho ir desta para melhor a sonhar que irá fazer o mesmo lá para cima ou lá para baixo,tanto faz,que vai tudo dar ao mesmo. Ele também já está por tudo,é o que lhe vale.
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