O aumento exagerado dos teores de alguns elementos nutritivos da água,muito em especial do azoto e do fósforo,provoca,como se sabe,uma aceleração da sua vida vegetal,sobretudo,das algas. Da sua decomposição aeróbia,por via bacteriana,resulta consumo de oxigénio,o que pode afetar gravemente a vida animal,para além de toxinas,associadas às algas.
Porque o azoto e o fósforo são dois elementos que mais frequentemente entram na composição dos adubos minerais,há alguma tendência para os considerar fatores importantes na poluição da água. Não se pode negar que os adubos tenham alguma responsabilidade nesta poluição,
quer por lixiviação,quer por escorrimento superfical,sobretudo,quando se trata de adubações excessivas,ou não oportunas. A lixiviação afeta,principalmente,o azoto,em particular,na forma nítrica,por os solos não terem,no geral,mecanismos para o reter. Devido à forte retenção do fósforo pelos solos,o seu arrastamento ocorre,na sua maior parte,por escorrimento superficial.
Para além dos adubos químicos,outros materiais podem intervir também no processo de poluição da água por nutrientes,nos quais se incluem os efluentes urbanos,industriais e agrícolas,a matéria orgânica do solo,os adubos orgânicos,as explorações pecuárias intensivas,os componentes minerais dos próprios solos,bem como os vegetais e animais em decomposição,que neles tenham vivido. No caso dos efluentes,e do fósforo,,há que temer,em especial,a ação de detergentes fosfatados,que, felizmente,têm vindo as ser retirados da comercialização.
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