Era dia de eleições,em tempos lá muito de trás. Estava tudo a correr como era costume. De repente,entra na sala um senhor, já com muitos anos , em grande alarido. Que coisa teria ele feito para naquele ano não poder cumprir o seu dever? Sim,que coisa teria ele feito?Deixara de merecer a confiança das autoridades? Considerava isso uma grande ofensa,uma grande injustiça. E lá disse porquê,uma e mais vezes,não fossem ficar devidamente esclarecidos.
Seria por estar agora velho? Já não prestava? E outras interrogações lamuriosas do mesmo género. Chegou a verem-se lágrimas nos seus olhos cansados. Uma figura desalentada. Metia dó.
Tiveram pena dele,deixando-o votar. A satisfação que se passou a ver em todo ele. E não se contendo,desatou a abraçar este e aquele,agradecendo continuamente ,em jeito de reconciliação universal.
Ainda se pensou que não iria resistir a tanta emoção. Puro engano. Deixou a cena já recomposto,muito alegre e sempre agradecendo.
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