quarta-feira, 31 de maio de 2017

DÍVIDA

O favor,a ajuda,tinha sido grande,podia dizer-se,mesmo,vital. Seria,portanto,de elevadíssimo preço,a pedir um reconhecimento para sempre. Isso significaria,igualmente,uma,também,grande dívida,de um tamanho tal que seria quase impossível resgatar. Coisa tremenda era,pois,o que estava vivendo quem fora objeto de tudo isso. Ficar sempre em dívida era como ter continuamente sobre ele os olhos do outro,a lembrá-lo,a exigir-lhe não se sabia o quê,talvez sujeição,talvez o pagamento da conta. Tal situação dir-se-ia insustentável,exigindo uma saída airosa,para se poder viver de cabeça levantada,não como até ali,um inferno. Uma delas,era ir para longe do credor,assim como riscá-lo da vida. A outra,era desvalorizar a benesse,reduzindo-a a nada. Aquilo,nem um pobre aceitaria,uma miséria sem nome. Não se sabia era como tinha sido aceite,só explicável por ter sido apanhado num estado de muita fraqueza.

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